sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O Poder do Youtube

Ha muito se fala no poder das redes sócias na Internet. Elas podem ajudar a construir ou acabar com uma marca em determinado aspecto.


Mas do que isso, as redes sócias se transformaram em um canal de voz ativa para os consumidores, e este tem usado com grande sabedoria este trombone.

É muito fácil dividir os sentimentos de insatisfação com o mundo através das redes sociais e dependendo da visibilidade que a postagem obtiver, pode se tornar irreversível.





Um case que ganhou notoriedade mundial envolveu a United Airlines, companhia aérea de peso nos estados unidos.


Um passageiro teve seu violão quebrado durante uma viagem e não foi atendido da maneira que esperava para resolver o problema.

Sendo ele musico, não teve duvidas, criou um hit, postou no Youtube e teve mais de 6 milhões de telespectadores.

Considerando que cada pessoa que assistiu, comentou com mais 10 amigos, o episodio atingiu nada menos do que 60 milhões de clientes em potencial da companhia.

Esta por sua vez, esta ate hoje oferecendo desde passagem aérea gratuita em primeira classe para o resto da vida do cliente ate indenizações milionárias somente para que ele tire o vídeo da web.

Ao escrevermos a palavra United no campo de busca do Youtube, ele já recomenda como primeiro acesso o vídeo United Brakes Guitar.

Vale conferir a versão com legendas:

http://www.youtube.com/watch?v=t53LYUamBZI


GS

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Multicanal - Parte 2

Quando ouvimos a expressão varejo multicanal temos a sensação de que é obrigação das empresas oferecerem seus produtos e serviços de forma fácil e rápida a seus consumidores.


Mais do que isso, é necessário estabelecer relacionamentos com o cliente e atendê-lo onde, quando e como quiser comprar.

È importante lembrar que o multicanal é a evolução do contato e relacionamento com os clientes, portanto quem de algum modo já trabalhava neste sentido encontra mais facilidade para esta evolução de processos.

Empresas conhecidas por vendas através de catalogo saem na frente desta briga. A venda na loja, no site e no catalogo devem ser complementares, ou seja, o cliente pode começar seu desejo por um produto através do catalogo, visitar a loja para conhecer o produto fisicamente e por fim, realizar a compra online.

Estar em todos os lugares ao mesmo tempo, buscando relacionamento da marca com o cliente, faz com que no momento que surja a necessidade de compra a lembrança recaia sobre a sua operação.

Nao restam duvidas de que o consumidor é multicanal, resta às empresas acordarem para esta realidade e trabalharem em busca da integração dos seus canais de venda. Hoje, de 40% a 50% das vendas das lojas físicas da Best Buy (maior rede de eletroeletrônico nos Estados Unidos) são influenciadas por pesquisas online. Não há dúvida que os hábitos de consumo flutuam entre o físico e o virtual, e as empresas que encararem este trânsito como oportunidade estarão na frente na corrida pelo consumidor.

Seguem algumas dicas de pesquisas relacionadas ao tema que encontrei na web

Listo algumas dicas:

- Separe o time comercial

- Utilize o poder da marca nas lojas físicas e no comércio eletrônico

- No comércio eletrônico 13% das pessoas são intolerantes ao erro, entregue o que prometeu

- 55% dos consumidores online costumam pesquisar na Internet e comprar nas lojas físicas, e em 34% das vezes compram itens adicionais

- O inverso também é verdadeiro para 52% das pessoas

- Por incrível que pareça, as compras na Internet também acontecem por impulso, as ações em mídia tem que ser direcionadas para isso

- Se sua empresa já conhece o consumidor pelo histórico nas lojas físicas, porque não incentivá-lo a comprar na internet

- Dê benefícios para os clientes que os clientes transitem entre os canais

- Na Internet frete grátis é muito bem vindo

- Crie mecanismos para rastrear o movimento do consumidor.


GS

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A volta do Bom Velhinho - Natal 2

O Varejo Brasileiro aguarda com apreensão e ansiedade a chegada do Natal. A expectativa de que a grande concentração de vendas deste mês possa salvar o resultado de um ano difícil, reflete em ansiedade por parte dos varejistas.

De acordo com a previsão da Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e Trabalho Temporário), serão abertas cerca de 123 mil vagas de trabalho temporário para este Natal, isto é, 7% a mais em relação ao ano passado.

Estas vagas não representam apenas um sinal de aquecimento econômico, mas uma grande oportunidade para que estes funcionários continue no mercado de trabalho. A média de efetivação – estimada em 17% - após a vigência do contrato representará emprego novo para 21 mil brasileiros, especialmente para os jovens, em situação de primeiro emprego que correspondem a 27% dos contratos previstos.

Porém, o resultado não está garantido e o varejo deve se preparar para buscar um melhor desempenho, uma vez que o comportamento do consumo está mudando.

Devemos atentar-nos para participação das classes C, D e E, representadas por 35 milhões de famílias e correspondentes por 78% dos lares brasileiros. O benefício oferecido pelo Bolsa Família representa até 80% de incremento nas rendas destes lares.

Com uma enxurrada de novos consumidores, cabe aos lojistas mais do que nunca pensarem nas variáveis mercadológicas de produto, preço e ponto de venda. Com estes três pilares estabelecidos e fortalecidos as chances de se fazer presente na árvore de Natal de cada um destes lares, aumenta consideravelmente.

Estamos vivendo um momento único, de recuperação econômica, criação de novos postos de trabalho e principalmente de uma legião de novos consumidores.

Estes sinais tornam o Papai Noel verde e amarelo símbolo de todos os Natais. A troca de presentes está garantida, mas a disputa por este espaço esta acirrada, justificando a inquietude por parte dos varejistas. Quem não se preparar para a passagem deste trenó perderá uma oportunidade ímpar de sentir de perto as mudanças de consumo que o Brasil está vivendo.

É a chance de muitas famílias comemorarem pela primeira vez um fim de ano farto e com excelentes perspectivas para 2010.

Não há duvidas que o bom velhinho está de volta, com um saco de presentes tamanho família e encarregado de não só fazer brilhar os olhares de nossas crianças, mas também encher de esperança o futuro do nosso país.

GS

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Natal

Tenho conversado com alguns com alguns colegas de varejo sobre as perspectivas para o final de ano, especificamente as vendas de Natal.


Percebo certa preocupação por parte de alguns.

Afinal, teremos um bom Natal de vendas?




Particularmente eu entendo que teremos o movimento de sempre no mês de Dezembro e vendera mais quem estiver preparado para as expectativas de consumo.

Não consigo imaginar que em uma família de 5 pessoas, todas deixem de comprar presente umas para as outras. Sendo assim, nesta família serão consumidos 20 presentes.

O que deve pesar no neste ano á a relação de custo beneficio como fator decisório na compra.

O numero que tende a estar na cabeça do consumidor é o quanto ele esta disposto a investir nestes presentes e não o numero de presentes que ele tem que dar.

Este ano eu vou gastar R$ 200,00 em presentes de Natal e eu devo dividir a verba que tenho disponível entre os meus 4 familiares.

Sendo assim, a preocupação dos lojistas deve ser quais produtos oferecerão a seus clientes, qual beneficio eles oferecem e se estão com um valor atrativo para os consumidores.

Se eu não comprar meus presentes de Natal na sua loja, compro na do vizinho, porque não deixarei de presentear meus familiares.

As pesquisas revelam que os clientes deverão gastar entre R$ 30,00 e R$ 40,00 em presentes para cada familiar.

Arrume seu ponto de venda, defina um mix qualificado com estoques suficientes. Com estas medidas o bom velinho deve sorrir pra você.

GS

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quem é o cliente?

Existe uma pergunta que deve ser feita e refeita todos os dias de vendas das nossas vidas.


Quem é meu cliente?

Esse exercício deve ser repetido de forma exaustiva até que se tenha certeza de estarmos trabalhando 100% focados nas necessidades e desejos do nicho de marketing que nossa marca pretende atingir.

A diferenciação esta nos detalhes que conseguimos agregar nos produtos, no atendimento e no ponto de venda.

Quando percebidas pelo cliente, a diferenciação tende a gerar um relacionamento futuro com a marca e muitas vezes a consequencia final é a fidelidade e confiança em um determinado produto/marca.

A Target, conhecida loja de departamento dos Estados Unidos vem realizando um trabalho interessantíssimo na construção da sua marca.

Suas lojas são enormes, atrativas e com ambientes limpos, facilitando a compra por parte do consumidor. Possuem um mix completo de produtos, desde alimentação á decoração e roupas com designer moderno e de grande qualidade. A Target possui preços praticamente imbatíveis com charme agregado a seus produtos, uma vez que contratou designer renomados para criar linhas exclusivas dentro de suas lojas.

Porem, uma ação emblemática foi realizada na Targer Pharmacy, farmácia de manipulação localizada dentro das mega stores.

Através de uma pesquisa, percebeu-se que os clientes que mais consumiam os remédios manipulados eram pertencentes a terceira idade, e o que mais os incomodava era a dificuldade de leitura das bulas dos remédios, uma vez que as letras eram minúsculas e embaralhadas.

A solução foi simples e agradou a todos



Foram criados rótulos enormes nas embalagens manipuladas. Informações diretas do nome do medicamento e sua frequencia de uso são hoje facilmente percebidas por estes consumidores.

Uma ação simples porem diferenciada que agrega a marca e a um nicho especifico de consumidores.

GS

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Max

Quando pensamos em um novo produto ou na valorização de nossa marca, estamos trabalhando o conceito de Branding.


Nestes casos, o ideal, é fazermos uma avaliação das nossas estratégias de comunicação com olhos e cabeça de consumidores.

Exercícios e brain storms onde possamos pensar varias identidades de marca são muito bem vindos. Um exemplo clássico é pensarmos em animais. Se sua marca fosse um bicho, qual animal ela seria?

Uma serie de questionamentos neste sentido facilitam a estratégia de lançamento de um novo serviço ou produto e diminuem o risco dos resultados.

Façamos um exercício com a expressão de origem americana, Max.

Ela poderia ser ligada a qual significado?

A primeira associação que eu faço é de algo grande, volumoso, gigante, MAX!

Pois bem, há cerca de dois anos atrás a guerra das colas teve mais um capitulo.

Coca Cola Zero x Pepsi Max

Ambas representavam nova linha de refrigerantes com zero açúcar, porem apenas a Coca continua no mercado com sua Coca Zero.

Quais teriam sido os motivos pelos quais a Pepsi não teve exito com seu novo refrigerante?



Façam a associação desta imagem com alguns adjetivos.


Ela seria forte ou fraca? Pesada ou leve? Com açúcar ou sem açúcar?

Seu slogan era: Maximo sabor, zero açúcar. Mas será que a estratégia de lançamento do produto foi bem planejada? Será que a embalagem esta de acordo com a proposta de ser leve?

O conceito de mini latas tem aparecido com frequencia nas prateleiras. Na verdade são latas mais finas, com 273ml, no modelo dos clássicos energéticos.

Analisando dessa maneira, será que Pepsi Slim não seria um conceito mais interessante para a marca. Ela poderia ser a primeira lata fina, esguia, magra do mercado light!

Fiquei com essa pergunta na cabeça durante três anos, e hoje ao preparar um material focado em Branding, localizei na web o mais novo lançamento da Pepsi no mercado americano. Vejam a foto:




Comparando as duas imagens, qual delas nos remete a sensação de light?
GS

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Multicanal

Cada vez que acreditamos que não há mais espaço para o surgimento de uma rede social surge mais uma. Dados recentes confirmam que se a comunidade My Space, com 200 milhões de usuários, fosse um país, seria o quinto maior do mundo, entre Indonésia e Brasil. Os dez empregos mais demandados no mercado Americano nos dias de hoje, não existiam em 2004.


A velocidade digital cria um novo tipo de consumidor, o neoconsumidor, e ele chega ao mercado super informado.

O termo é atribuído aqueles que, além de terem acesso às lojas físicas, estão em contato com outros canais de venda, inclusive os digitais, como internet, TV interativa e celular

As empresas devem investir mais do que nunca na capacitação de seus colaboradores, caso contrario o cliente saberá mais do produto do que o próprio vendedor.

Imaginem o processo de compra de um refrigerador nos anos 2000 e como ele é feito hoje, em 2009.

Em 2000, era necessário que a pesquisa de campo por parte do consumidor. Visitando uma serie de lojas ele reuniria informações suficientes sobre os produtos, seus valores e condições de pagamento, para assim, definir onde e qual produto seria adquirido. Havia uma dependência do vendedor que traria todas as informações necessárias do produto para facilitar a decisão de compra por parte do cliente.

Já em 2009, o movimento se da de duas maneiras, ambas com forte participação do meio digital. O cliente faz uma pesquisa na internet sobre os modelos de refrigerador disponíveis no mercado. Facilmente são colocados filtros de busca como a capacidade do aparelho, cor e modelo. Em apenas alguns minutos o cliente tem todas as informações que necessita, incluindo a media de preço no mercado de tal mercadoria. Assim, super informado, o consumidor vai ate o varejo, olhar ao vivo o modelo pesquisado na internet. Quando ele entra na loja, sabe tudo o que precisa sobre o aparelho, e estará constantemente testando os conhecimentos do vendedor sobre o produto. Uma vez que o produto é definido, ou o cliente realiza a compra na loja, caso esta ofereça bom atendimento e boas condições de compra, ou retorna para casa e em apenas alguns cliques estará recebendo o produto na sua residência em alguns dias úteis.

Em um movimento reverso, é possível que o cliente faça a busca do produto e de suas informações no varejo e depois que tiver definido sua escolha vai para casa e também com poucos cliques, verifica se o preço do produto desejado esta adequado no varejo ou se a compra será feita online.




Vejam que a internet faz parte do processo de compras de duas maneiras. Uma através da busca de informações na web antes da visita real as lojas e a outra com a busca sendo feita após a visita as lojas.

De 2000 para 2009 as mudanças são significativas, fazendo surgir o neoconsumidor e gerando uma pergunta:

Existem neovendedores para atender estes neoconsumidores?

Quem não souber a resposta que procure na Web.

GS

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Revisão Programada

Eu dirijo a quase 13 anos e nesse período sempre ouvi e portanto assimilei que não se faz revisão de carro na concessionária.


Sei que existe uma leva grande de consumidor e que valorizas as revisões nas autorizadas e que inclusive na hora de vender seus carros enchem a boca para repassar esta informação.

De fato nunca tive nada contra revisões em autorizadas mas o que sempre me afastou delas foi preço oferecido pelas mesmas. Muitas vezes estes valores era o dobro ou ate o triplo de uma revisão em uma oficina normal.

Acredito, que com o passar do tempo as oficinas normais ganharam mercado de revisão de veículos, pois cada proprietário tem seu local de confiança para realizar este trabalho.

Porem nós estamos vivendo a era dos carros próprios.

Quantas pessoas conhecemos, que adquiriram seu primeiro carro nestes últimos anos?

Incentivos fiscais, financiamentos com juros baixíssimos e grandes campanhas e feirões tem marcado a atuação deste setor nos últimos anos.

Se o volume de vendas bate recorde atrás de recorde, onde mesmo estes clientes realizarão suas revisões?





Pois é, muitas concessionárias já estão atentas a este movimento. Tenho escutado com frequencia no radio propagandas que brincam com este tema.

Uma delas, quando o vendedor diz o preço da revisão, o cliente não acredita e pergunta: Quanto você vai me cobrar esse cafezinho?

Esta claro que o setor de revisão em autorizadas mudou. Hoje, eles oferecem preços fixos para todas as visitas que o cliente fará com seu veiculo na concessionária. É possível na hora da compra saber quanto custara a revisão dos 5.000km, 10.000km, 20.000km e assim por diante.

Alem de fixos, os valores estão extremamente competitivos e muito abaixo do que já custaram antigamente.

Esta iniciativa fortalece a relação do cliente com a marca do veiculo escolhida. Faz com que ele retorne ao local de compra com relativa frequencia, esteja sempre em contato com marca e sinta vontade de adquirir um novo carro no futuro!

GS

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Provador Gelado

Os varejistas que atuam no setor de vestuário sabem a importância que uma área adequada de provadores tem sobre a venda.


Muitas vezes a decisão de compra é tomada em frente ao espelho. Neste momento nossa mente sai da loja e vai para a situação que pretendemos usar aquele produto pela primeira vez. A vaidade vem como elemento forte desta decisão.

Imaginem uma mulher comprando um vestido novo para usar em uma data comemorativa com seu marido. Quando ela estiver vestida e se olhando no espelho, sua cabeça não estará mais na loja e sim na festa que esta por vir. Quando a relação emocional é estabelecida junto a expectativa de um determinado produto a venda torna-se consequencia natural deste processo.

Porem, para que tudo isso ocorra o Provador deve ser muito bem pensado.

Espaços apropriados, cabideiros a disposição, espelho de qualidade e boa iluminação são obrigações que uma loja deve ter com seus clientes.

Mas a especialização pode ir alem. Imaginem uma loja conseguir projetar uma situação de uso futuro da mercadoria, e assim encantar seus clientes.

Parece bastante difícil não é?

Como eu poderia projetar a festa que esta por vir no exemplo da cliente provando o vestido?

Sem duvida, algumas situações são impossíveis projetarmos dentro de uma loja, porem existe outras que podem ser feitas causando um grande impacto de relacionamento do cliente com a marca, estabelecendo a relação completa de Branding.


Observem esta imagem:




Esta imagem é um provador, ou melhor, uma câmera fria que traz a temperatura a níveis congelantes.


Uma loja especializada em jaquetas para esportes na neve teve a brilhante ideia de proporcionar a seus clientes a experiência real que eles encontrarão nas montanhas. Até neve tem dentro do provador!

Isso é ser especialista no cliente, proporcionar a ele a projeção de futuro de uso do produto.

E o seu provador?

GS

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Supermercados - Última parte

Fica evidente necessidade da aproximação entre fabricantes e supermercados, e na realidade ela já existe e de maneira extremamente comercial.


Não é fácil entrar com seu produto em uma grande rede de supermercados. A tendência é que depois de muito esforço, o fabricante assine um contrato de fornecimento onde tenha que fornecer estoque com custos baixos para promoções de aniversario e datas comemorativas.

Também não é barato estar na gôndola de destaque, nas esquinas dos corredores, na altura dos olhos do consumidor.

Percebemos de forma indireta que a relação entre Supermercados e Fornecedores é um negocio a parte.



Mas e o consumidor final?




Tenho observado o surgimento dos clubes de relacionamento, sem dúvida uma grande estratégia.


A fonte de informação nessa modalidade é inesgotável. Em poucos meses de compra, é possível estabelecer uma curva de consumo de cada membro cadastrado. Quem consome mais laticínios, mais carnes, mais bebidas. A frequencia que ocorre este consumo, o ticket médio de compra...

É possível mapear com facilidade cada comportamento de um membro do clube.

Em um futuro próximo, quando entrarmos nos mercados ou passarmos pelas gôndolas, certamente receberemos mensagens no nosso celular.

Bom dia Gildo, aproveite que hoje estamos com a promoção X no departamento de bebidas....

Alem deste contato direto, existe a tendência do fim das promoções e o início do preço clube.

Os supermercados americanos já trabalham assim. A margarina custa 2,99, porem se você for do clube ela sai por 1,99. Resumindo, só terá benefícios promocionais quem for do Clube.

O impacto é bastante positivo.

Lembro-me que quando estive fora do Brasil por um tempo, eu era membro de um clube de um determinado supermercado. Na hora do caixa, a atendente passava o valor total da compra e perguntava se eu era membro do clube. Eu dizia que sim e dava meu cartão para ela. Quando este era bipado, o monitor que estava de frente para o cliente começava a realizar uma seria de subtrações e aparecia um novo total, em media 30% menor que o anterior.

Eu saia sempre com a sensação de economia.

Boas compras a todos!

GS

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Supermercados - Quarta Parte

Pensar como consumidor, entrar na sua mente, entender seus desejos e necessidades, são chavões aparentemente simples, mas nem sempre levados em conta quando as estratégias de vendas são elaboradas. Principalmente em um ambiente onde cada prateleira tem seu valor, onde cada marca disputa cada centímetro disponível para aparecer mais que a outra e com isso sair da prateleira para o carrinho de compras do cliente final.


Como ser diferente?

As agencias tem suas formulas, ideias mirabolantemente criativas que encantam o consumidor no ponto de venda. Mas ha de se ter certeza de que a grande inovação esta sendo executada de acordo com o planejamento.

Estava pagando por alguns produtos quando me deparei com display da foto abaixo.



Será que o seu Mentos ficaria feliz com esta foto?




Imaginem quanto se investiu em Marketing para chegar neste expositor. Quantos iguais a este têm espalhados pelo Brasil, em cada caixa de cada supermercado que aderiu a ação de Trade.


Onde esta a falha?

Na operação, na ponta, no pelotão de frente.

Observem que nem a espera pelo preço, que deveria ser pintada para revelar o valor do Mentos foi tocada.

De nada adianta mega ações promocionais e a tentativa do estimulo emocional para compra na hora do caixa, se o expositor estiver vazio.

Quem deveria enchê-lo?

Talvez este pequeno detalhe não Fo pensado e nem planejado, prejudicando toda a ação.

GS

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mais Caldo

Não tenho a pretensão de que a Knorr tenha olhado o Blog e tampouco mudado a embalagem em 24 horas. Mas confesso que fiquei feliz ao ver o anuncio no encarte do Zaffari hoje na Zero Hora.


Alguém pensou que nem nos, reviram as ideas e alteraram a embalagem. A palavra Grátis ganhou destaque e o vermelho de fundo ficou mais denso não competindo com os demais elementos. Mais do que isso, alteraram o preço e ficaram iguais a Maggi. Gostaria de saber quem vai ganhar essa briga...

GS


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Supermercados - Terceira Parte

Aproveito a contribuição e os comentários do Eduardo Celia realizados no ultimo post onde ao exibir as fotos de dois produtos similares, questionei qual dos dois era a melhor opção de compra. A percepção do Eduardo demonstra com clareza o comportamento do consumidor em frente a uma gandula onde duas grandes marcas utilizaram a mesma estratégia competitiva.


Eduardo disse:

"Campanhas iguais, marcas fortes. Acredito que o que decidirá é preferência pela marca. No caso da Maggi, ela deixa bem claro que é o caldo da galinha azul, talvez uma das campanhas mais lembradas há anos no que tange a caldos de galinha. A embalagem,embora muito semelhante de ambos, também é um diferencial, a Maggi explorou maior espaço para exposição da marca e símbolos, estando mais expostos do que o de seu concorrente. Qualquer milimetro quadrado faz a diferença em embalagens pequenas, ainda mais pelo fato de as duas estarem praticamente coladas uma na outra."



Enquanto consumidor, eu concordo 100% com Eduardo.

A embalagem da Maggi esta mais atrativa, ela realmente trabalha a referencia da cor azul que remete a campanha da galinha. Aposto que a geração de 75 a 85 lembra da magnífica campanha feita pela Maggi nos supermercados.

Era uma espécie de galinhometro, um jogo que ganhávamos uma galinha de brinde, esta da foto abaixo.


Túnel do tempo



Esta figura pode ser vista na embalagem ate hoje. Ela agrega valor e simpatia a marca. Acredito ainda, que a palavra Grátis utilizada de forma mais agressiva pela Maggi, chama mais atenção aos olhos.


Os tons vermelhos da Knorr se misturam com a cor do fundo da embalagem e perdem apelo direto.

Porem, para grande maioria dos consumidores, caldo de galinha é caldo de galinha, não importa muito a marca. Analisando este ponto de vista o preço acaba sendo determinante na opção de compra.


E agora? Alguma dúvida?



Produtos similares, grandes marcas, mesma promoção, porem a Maggi esta 50% mais barata que a Knorr.


Imaginem a pessoal da Knorr reunido, bolando esta ação. Certamente foi investido milhões de reais nesta estratégia e alem do maior concorrente ter algo similar, ainda a metade do preço.

Por isso que as ações de Trade Marketing devem envolver o processo estratégico de vendas de maneira completa, para assim evitar que na etapa final, no contato do cliente com PDV.

Fico aqui pensado qual estratégia poderia ser feita para vender caldo no ponto de venda.

Um mini livro de receitas? Uma cozinheira dando dicas ao vivo ou em um monitor LCD?

Como cliente, eu gostaria de uma embalagem MIX, com seis caldos, sendo um de cada sabor.

Por quê?

Sempre que eu preciso caldo para alguma receita eu utilizo um tablete. Volta e meia quando vou usá-lo de novo, já está vencido. Como utilizo diversos sabores, eu acabo ficando com varias caixinhas vencidas em casa. A ideia de uma caixa com seis sabores de caldo, no meu caso ajudaria.

Será que existem mais clientes que nem eu?

GS

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Supermercados - Segunda Parte

Todos temos nosso supermercado de preferência, de referencia, aquele que nos gabamos em dizer:


- Vou lá, porque sei onde esta tudo.

Naturalmente, estamos buscando praticidade e conveniência de encontrar os produtos que desejamos e quando criamos a referencia de "meu supermercado" fica tudo mais fácil.

Cresci indo ao super com minha mãe, sentado na cestinha do carrinho. Acredito que desde criança fui estabelecendo esta relação e acabei me tornando mais fiel a um estabelecimento, especificamente a uma filial.

Nesse aspecto, ações de marketing voltadas ao publico infantil podem ser uma boa, afinal, ali estão os futuros clientes.

Percebe-se que os produtos são cuidadosamente divididos, onde o FIFO é respeitado. Apenas para relembrar FIFO quer dizer first in first out, ou primeiro que entra primeiro que sai.

Isso quer dizer que sempre o produto que estiver na altura intermediaria, de fácil alcance das mãos, será mais antigo que o que estiver mais baixo ou ao fundo.

É fácil encontrar esta situação nos pães ensacados. Os mais novos estão sempre na altura do chão ou atrás dos menos novos.

Esta pratica é comum e necessária quando tratamos produtos com validade especifica e grandes estoques. Dificilmente encontraremos produtos vencidos, mas vale uma atenção especial as promoções, afinal o supermercado não deixa de ser uma loja de varejo, e também precisa desovar seus estoques perecíveis.

Imaginem uma loja de roupas em liquidação. Seu objetivo é desovar estoques antigos para dar espaço a nova coleção. O supermercado precisa fazer a mesma coisa.

Sou do tipo que vai a um super de duas a quatro vezes na semana, nem que seja para comprar pão e frios frescos, mas é obvio que devido aos estímulos e apelos promocionais a minha compra vai sempre alem.

Amanha vamos discutir o que faz o cliente escolher entre um produto ou outro. Para isso deixo aqui uma foto de dois produtos semelhantes, posicionados lado a lado na gôndola e com a mesma estratégia promocional.

Peço a quem ler que diga nos comentários qual deles levaria e por que. Isso nos ajudara na evolução do assunto.



Qual deles você compraria? Por quê?


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Supermercados - Primeira Parte

Esta semana, vou procurar trabalhar um canal de vendas que considero um prato cheio, eles são os Supermercados.


Neles encontramos uma diversidade absurda de produtos e tomamos nossas decisoes de compra em apenas 8 segundos, com carrinho em movimento e muitas vezes ja pensando no próximo item da lista.

Nesse ambiente extremamente competitivo surgem enormes possibilidades para o desenvolvimento do Trade Marketing.

Este conceito, relativamente novo no Brasil, visa estabelecer uma visão estratégica e promocional entre a indústria e o canal de venda, com objetivo de maximizar os resultados para o cliente final através de ações no ponto de venda.

Antes de abordar o lado estratégico de quem esta por trás das prateleiras e gôndolas, eu gostaria de passar a minha visão enquanto consumidor.

Ontem a noite fui fazer rancho, voltando do feriadão o máximo que tinha era água em casa.

Sou daqueles que gosta de ir ao super, sem pressa, num ritmo arrasta pé, observando e analisando todas as opções de compra.

O primeiro contato que temos com o supermercado é o estacionamento, quase sempre tumultuado, já faz parte do jogo, mas entendo que pode ser melhorado, principalmente na hora da saída, quando procuramos alguém, ou algum lugar para deixarmos o carrinho de compras.

O segundo contato é no carrinho. Infelizmente ainda existem supermercados que se encontra dificuldade para pegar um carrinho em dias mais movimentados. O carrinho é o início do processo de consumo, ele deve estar a disposição e em funcionamento perfeito. O que eu usei ontem estava com uma das rodinhas travadas, o que já atrapalha o processo de compras de forma relaxada e arrastando o pé, pois o carrinho passa a exigir atenção e força do "motorista" nas curvas.





Sem duvida alguma, percebi momentos que eu deveria estar olhando as gôndolas e produtos, mas estava preocupado e guiar meu carrinho travado.

Apos as compras chega a hora do caixa, onde ate hoje não entendo o porque de quem gasta pouco ter um checkout expresso e de quem faz grandes ranchos ter de ficar em filas.

Acredito que o cliente de grandes ranchos, com tíquetes médios mais elevados deva ter uma atenção diferente na hora do fechamento da venda.

Aparentemente é um processo de vendas simples, não é?

Absolutamente não, pois ainda nem entramos na parte de decisão de compra do cliente, de escolha do produto, de fidelidade a marcas.

Amanha entrarei um pouquinho na questão do Trade Marketing, e em algumas ideias de como buscar melhores resultados no ponto de venda.

GS